quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Reflexão
O  mundo é repleto de pessoas de todas as sortes, de todas as raças, de todas as culturas, de todas as posses. Pessoas que segundo rege os mandamento de Deus e as leis do s homens, são todos iguais, tem os mesmos direitos e os mesmos deveres. Mas está mesmo a humanidade em pé de igualdade? Os desígnios da miséria, da fome, das doenças, dos infortúnios emocionais, o preconceito e o desrespeito, formam mesmo uma sociedade igualitária? Somos filhos amados de Deus?
Enquanto uns nascem em berços luxuosos, em mansões bilionárias, cercados de criados para satisfazer todas as necessidades prontamente, outros nascem debaixo de viadutos, nos becos da vida, sem teto e sem pão. Alguns são jogados em lixos, outros em leitos de rios. Onde está mesmo a igualdade? Será o destino? A sorte?
Deus é AMOR, e por amor todas as coisas foram criadas e através de um gesto solidário e de comunhão o Criador preferiu contar com o ser humano e assim o fez, e a este chamou de filho, e como filho que somos, Nosso Pai, colocou ao nosso dispor a terra e toda a Sua criação. Se somos todos filhos amados, porque os infortúnios de muitos enquanto outros esbanjam alegrias, riquezas, saúde e amor?
Não quero aqui questionar a justiça de Deus, mas mediante a minha pequenez humana, me pego pensando... A humanidade trilha seus caminhos e precisa arcar com a consequência de seus atos. Todavia não compreendo como um recém-nascido já estar resignado  a ter ou não um lar,a ser ou não amado, a já nascer vítima dessa sociedade confusa sem nem sequer ter pedido pra nascer, Seria justo já nascer pagando os erros dos outros? Ainda me pergunto por que a África continente que por coincidência maioria da população é negra, tem mais miséria, mas fome e maior índice de doenças e mortes precoces. Esses são mistérios e desígnios que só cabe a Deus nos dar um pouco de discernimento pra tentar absolver sem tantas indagações.
Mas e o direito de igualdade das leis dos homens, para que servem mesmo? Enquanto uns tem palácios com maçanetas de ouro outros passam a vida toda ao relento, sendo seu leito um papelão e seu quarto uma disputada vaga nas calçadas da vida, para uma noite de “descanso”.O direito a educação, ao lazer,a uma vida digna estão mesmos disponíveis pra todos na sociedade “democrática e igualitária?”
Será mesmo correto dizer que o humano é imagem e semelhança de Deus, se Deus é amor e a humanidade jaz em ambição, egocentrismo e violência exacerbada? Cadê a razão? Cadê a racionalidade? Cadê o respeito? Cadê as crenças num Deus que manda amar aio próximo como a ti mesmo? Cadê as leis? Onde habita o amor nesse mundo louco?Onde está habitando o Deus de tantas religiões, de tantas exibições? Não devia estar nos nossos corações?Chega de hipocrisia! Chega de exibicionismo! Chega de farsa! Façamos acontecer o diferente e honremos o desígnio de sermos Filhos de Jah, que é sinônimo de AMOR.



O AMOR...
O amor é renúncia e abdicação;
É caminhar de mãos dadas
Na mesma direção.
É companheirismo e abnegação.
Na solidariedade e na comunhão.

Amor é ternura e cumplicidade;
Nos momentos prazerosos e adversidades,
Sempre com disponibilidade;
É gratidão e generosidade
O amor num se envaidece. É simplicidade.

Amar é sorrir em conjunto;
É chorar em união;
Amar é ter um ideal,
Mas respeitar outra opinião;
O amor não molda,não muda, não exclui
Todavia, entende, compreende, usa a razão.

Amor, pequeno vocábulo,
Só quatro fonemas em sua junção;
E forma a palavra que mais se define
Que inspiram os poetas;
E os cantores entoam em forma de canção.

São muitos conceitos, muita teoria
Mas como anda o amor,
Hoje em dia?
Em nome do amor, cometem loucuras;
Paixões doentias corroem o coração.
Destroçam a alma, ferindo a emoção.

São flechas certeiras que atingem o peito;
Com sonhos desfeitos, chega a solidão;
Fiel escudeira, guerreira constante
Não perdoa um instante,
Desfere porradas, deixa maltratada,
Jogada ao chão.
E o sentimento que rege o mundo,
Estão transformando em desilusão.

         Patrícia Costa




               

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Descendo a ladeira

Entre tantos percalços;
Tropeços e quedas,
Recomeços e embaraços;
Muitas vezes me recomponho,
Em outras me estilhaço.

Cacos desmoronados ao léu
No âmbito da ilusão.
Que ao se remontar,
Os estilhaços partidos, unidos em vão;
Amontoam-se pedaços sem encaixe,
Sem nexo ou conexão.

Aos poucos os degraus conquistados,
Tão logo se vão,
E tantos esforços...
Um tombo entre tantos,
Nos levam ao chão.

Migalhas, fagulhas, pequenas partículas
Foi o que restou...
A luta vencida,
Por toda uma vida,
Se desvencilhou...

Sonhos, esperanças, persistências
Palavras que confortam a dor,
Mas como remontar os átomos da vida?
Cansada e vencida,
Poe seu dissabor.

Ao pé da ladeira
Caímos ao chão,
Juntando os caquinhos,
Machucando as mãos
Tentando nos refazer,
Da desilusão.

Insisto e persisto,
Com cortes e retalhos,
Remonto meu SER
De pé abatida
Tal qual uma Fênix
Vamos renascer.

                                  Patrícia Costa