segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Descendo a ladeira

Entre tantos percalços;
Tropeços e quedas,
Recomeços e embaraços;
Muitas vezes me recomponho,
Em outras me estilhaço.

Cacos desmoronados ao léu
No âmbito da ilusão.
Que ao se remontar,
Os estilhaços partidos, unidos em vão;
Amontoam-se pedaços sem encaixe,
Sem nexo ou conexão.

Aos poucos os degraus conquistados,
Tão logo se vão,
E tantos esforços...
Um tombo entre tantos,
Nos levam ao chão.

Migalhas, fagulhas, pequenas partículas
Foi o que restou...
A luta vencida,
Por toda uma vida,
Se desvencilhou...

Sonhos, esperanças, persistências
Palavras que confortam a dor,
Mas como remontar os átomos da vida?
Cansada e vencida,
Poe seu dissabor.

Ao pé da ladeira
Caímos ao chão,
Juntando os caquinhos,
Machucando as mãos
Tentando nos refazer,
Da desilusão.

Insisto e persisto,
Com cortes e retalhos,
Remonto meu SER
De pé abatida
Tal qual uma Fênix
Vamos renascer.

                                  Patrícia Costa

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