Descendo
a ladeira
Entre tantos
percalços;
Tropeços e
quedas,
Recomeços e
embaraços;
Muitas vezes
me recomponho,
Em outras me
estilhaço.
Cacos desmoronados
ao léu
No âmbito da
ilusão.
Que ao se
remontar,
Os estilhaços
partidos, unidos em vão;
Amontoam-se
pedaços sem encaixe,
Sem nexo ou
conexão.
Aos poucos
os degraus conquistados,
Tão logo se
vão,
E tantos
esforços...
Um tombo
entre tantos,
Nos levam ao
chão.
Migalhas,
fagulhas, pequenas partículas
Foi o que
restou...
A luta
vencida,
Por toda uma
vida,
Se desvencilhou...
Sonhos,
esperanças, persistências
Palavras que
confortam a dor,
Mas como
remontar os átomos da vida?
Cansada e
vencida,
Poe seu dissabor.
Ao pé da
ladeira
Caímos ao
chão,
Juntando os
caquinhos,
Machucando as
mãos
Tentando nos
refazer,
Da desilusão.
Insisto e
persisto,
Com cortes e
retalhos,
Remonto meu
SER
De pé
abatida
Tal qual uma
Fênix
Vamos renascer.
Patrícia Costa
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