DESILUSÃO
Entre os instantes da vida,
Que tudo parece perfeição,
Vêm os fantasmas do tédio,
E corroem nossa emoção,
E tudo que era sonho
Torna-se desilusão.
E tudo se desmorona
No teatro da ilusão,
As cortinas são abertas,
Aparece a colisão,
Fantasia e realidade,
Causando uma explosão.
Confusões de sentimentos,
Angústia e contradição,
São resquícios de um ideal,
Transformado em decepção,
Um sonho dilacerado
Na metamorfose da ilusão.
No coliseu dos sentimentos
Onde habita as utopias,
No fim do primeiro ato,
Aparece a tirania,
Trazendo a realidade.
Disfarçada de alegria.
Fecham-se as cortinas,
Este ato se encerrou,
Uma luz no fim do túnel,
Foi agora o que restou,
E se abrem as cortinas
Novo ato iniciou,
No desenrolar das cenas,
A luz tende a brilhar,
A esperança desfalecida,
Começa a desvencilhar,
E nos caminhos dos sonhos
Ela volta a habitar.
Todavia as cenas encerram
Outro ato se findou,
As cortinas que se abrem,
Mostram agora um novo ator,
Substituindo o sonho
Vem uma inimiga do amor.
A tal da decepção
Entra em cena com louvor,
Desmorona os ideais,
Trazendo um rastro de dor,
Então a desilusão
Faz um caos no coração,
Deixando tédio e temor.
Patrícia Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário